Boletim do SAAE-RJ



	Ano II – Nr. 50 – Rio de Janeiro, 27 de maio de 2013

	SAAERJ fecha três Convenções e pisos têm aumento muito acima da inflação
	Em Niterói, Campos e Sul Fluminense o aumento para os pisos foi de 12%. Agora só faltam MRJ e São Gonçalo
	O Sindicato acaba de fechar as Convenções Coletivas de 1º e 2º graus para Niterói e região, abrangendo 66 municípios, Campos e região, incluindo 13 municípios, e Sul Fluminense, com oito municípios. Em todos estes acordos o aumento para os pisos foi de 12%, contra uma inflação medida pelo INPC de 6,77%. Os que ganham acima do piso também tiveram reajuste maior que a inflação: 7,5%. O reajuste é retroativo à data-base, 1º de março. Além do ganho real, foram mantidas as cláusulas de qualidade, como gratuidade de ensino e adicional por tempo de serviço, e em Campos e no Sul Fluminense houve ainda o reconhecimento da estabilidade de todos os diretores do Sindicato, importante para a luta da categoria. Agora só faltam as Convenções do Município do Rio de Janeiro e São Gonçalo. Os trabalhadores querem obter no mínimo o que já foi conquistado no interior do estado. Clique para ler a íntegra da Convenção de Niterói e região Clique para ler a íntegra da Convenção de Campos e região Clique para ler a íntegra da Convenção do Sul Fluminense

	Palavra do Presidente
	Lutamos para que a fiscalização e a justiça do trabalho funcionem
	A CLT é destinada aos trabalhadores não organizados em sindicato, entendo que seu objetivo é ditar regras mínimas nas relações de capital e trabalho visando o bem social e a não escravidão do trabalhador pelo patrão. Nosso sindicato foi o primeiro a conquistar férias de 30 dias quando não havia na CLT, mas estamos longe, muito longe, de conseguirmos justiça social na relação capital e trabalho. Mesmo com estes direitos garantidos em acordos, convenções e CLT, necessitamos encarar uma realidade perversa pois faltam funcionar os mecanismos de fiscalização e aplicação dos direitos conquistados pelos trabalhadores. O Ministério do Trabalho não tem condições de fiscalizar e a justiça do trabalho demora tanto para obrigar a aplicação dos direitos que os empregadores hoje dela fazem uso para flexibilizar o que é conquista liquida e certa pois, quando um empregado é demitido, vem aquela célebre frase, "vai procurar os seus direitos na justiça" e a primeira audiência demora tanto a ser marcada que o trabalhador chega a fazer acordos perante os juízes na maioria das vezes abrindo mão de cinquenta por cento daquilo que seria sua justa indenização. A maior luta que deveria ser desenvolvida hoje pelo conjunto dos trabalhadores seria fazer funcionar a justiça e a fiscalização dos seus direitos. De nada adianta continuarmos conquistando se na hora de fazer valer o conquistado não tivermos mecanismos para tanto, é o famoso ditado popular, "ganha mas não leva".

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