Ano III – Nr. 76 – Rio de Janeiro, 30 de abril de 2014 
 
     
 
Palavra do Presidente
 
  Um dia do trabalhador sem motivos para comemorar  
  Estamos quase no 1º de maio, mas este ano, infelizmente, nós trabalhadores não temos o que comemorar. Toda nossa diretoria está solidária com as centenas de auxiliares de administração escolar, ex-empregados do grupo Galileo, que ainda não viram a cor de sua rescisão trabalhista. Não bastassem os três meses que ficaram sem receber e o 13º não pago, agora nem as verbas rescisórias chegam ao bolso. É uma situação que nos envergonha e entristece.

Apesar de todos os processos que o SAAERJ está movendo contra os mantenedores da Gama Filho e da UniverCidade, a inoperância da justiça do trabalho e a fraqueza de nossa legislação nos deixam de mãos e pés atados. Os processos caminham mais lentamente que uma tartaruga, mesmo o do FGTS, que embora esteja em fase de execução, nunca é executado. E a penhora dos bens obedece a um ritual tão meticulosamente elaborado - fase de reconhecimento de direito, direito explícito etc - que, quando finalmente conseguimos atender a todas as exigências, o empregador já não tem mais o que ser penhorado. É como se estivéssemos numa longa estrada onde, depois de caminhar, caminhar, caminhar, percebemos que voltamos ao ponto de início e ainda há toda a jornada pela frente.

Fico me questionando que justiça é essa que manda prender um trabalhador que atrasa a pensão alimentícia do seu filho, mas que é incapaz de punir severamente um mau patrão que deixa centenas de trabalhadores e seus familiares passando fome. Que futuro tem o trabalhador neste Brasil de hoje, onde a legislação capenga o deixa a ver navios quando mais se precisa dela?

Cerca de 70% das ações trabalhistas, hoje, se referem a atraso no pagamento de salários e verbas rescisórias. Enquanto isso assistimos, de um lado, à exuberância dos prédios da justiça do trabalho, verdadeiros palacetes sustentados às nossas custas, e de outro, o patrão em tranquilo mar de rosas, sem cumprir com suas obrigações e enriquecendo também às nossas expensas. Por isso, neste 1º de maio, saiba, trabalhador, que estamos a seu lado, ainda e como sempre, mas de luto frente a tanta covardia e inação daqueles que deveriam garantir nossos direitos.

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SAAERJ informa: Convenções ainda em fase de negociação
 
  As reuniões entre o SAAERJ e os Sindicatos patronais continuam ocorrendo, mas ainda sem avanços que permitam celebrar as diversas Convenções Coletivas, como explica o presidente do Sindicato:

“Como não temos transigido com o desrespeito dos patrões, até agora não fechamos as Convenções Coletivas. No Ensino Superior e Grande Rio, por exemplo, só ouvimos conversa fiada, explicações que não convencem, e reajuste que é bom, nada. O que sabemos é que as mensalidades escolares foram aumentadas desde janeiro, mas o ganho não chegou aos trabalhadores”.

Elles Carneiro revelou ainda que, se em breve não houver avanços na negociação, a única alternativa para o trabalhador conquistar o que é seu de direito será a GREVE: “A categoria deve estar alerta e preparada, está cada vez mais difícil conseguir alguma coisa pelo caminho do diálogo, o que nos resta é responder onde dói nos empregadores, no bolso, via paralisação. E que Deus abençoe a nossa luta!”
 
     
  O SAAERJ avisa que, em função do feriado do Dia do Trabalhador, o Sindicato não funcionará no dia 2 de maio. Retomaremos nossas atividades normais no dia 5 de maio  
     
 
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